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Mostrando postagens de março, 2019

Rael: o rap é minha lei! Em cada canto e esquina apresento minha rima!

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Rael “A minha vida é cantar, nunca no mesmo lugar. Seja sozinho ou a dois, o resto eu vejo depois” (Rael) Das faixas “Vejo Depois”; “Papo Reto” até “Flor de Aruanda”, do gueto ao centro, da favela ao asfalto ou simplesmente pra se libertar e cantar, Rael é uma síntese de rimas e versos que nos coloca para refletir sobre a dureza dos trabalhadores, das mães e da juventude negra em sua luta diária para a sobrevivência e fuga das armadilhas do cotidiano. Uma juventude condenada e sem perspectivas retratada nos versos “que essas brisa que te difama, que esses papelote, grama, não é mais forte do que quem te ama…”. O rap faz parte dos 5 pilares da cultura hip hop e se manifesta na música urbana numa batida rápida, ritmada de versos com alturas aproximadas, traduzidas nas rimas. Israel Feliciano, conhecido como Rael da Rima, iniciou sua trajetória musical aos 12 anos de idade, participando dos encontros de breakdance na estação São Bento em São Paulo. Aos 16 anos mon

Salve! Jorge é da Capadócia, Viva Jorge!

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Quem nunca cantou os versos de “moro num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza” ao final da festa nas “saideiras” tocadas pelas bandas? É um momento de grande animação, entusiasmo e um sentimento de euforia combinado com a sensação de “poxa vida, tá acabando a festa”! Pois hoje (22/03), a festa é para ele, Jorge Ben Jor. Afinal de contas, 74 anos de idade, 58 de carreira, 27 álbuns, dezenas de parcerias, ritmos e batidas é só para quem anda “vestido com as roupas e as armas de Jorge”. Jorge Ben Jor, nasceu em 1945, na periferia do Rio de Janeiro, na favela da Rua do Bispo, bairro do Rio Comprido. Aos 16 anos, de posse do seu pandeiro, se une aos amigos da Tijuca e forma a Turma do Matoso, composta por Tim Maia, Erasmo Carlos e Roberto Carlos. Na biografia "Vale Tudo" de Tim Maia escrita pelo jornalista Nelson Motta, há vários episódios engraçados descritos entre os dois amigos Tim e Jorge. Não é por acaso que Jorge Ben Jor compõe W/Brasil par

O Rappa: velhos sonhos, novos nomes na avenida, eu represento o instinto coletivo...

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Marcelo Falcão, ex-vocalista da banda O'Rappa O ano de 2018 marcou o fim da banda O'Rappa, em meio a várias polêmicas e permeado por uma espécie de “ fogo cruzado”. Hoje pela manhã vi uma postagem divulgando o lançamento do álbum solo do Marcelo Falcão e pensei: o cara tá tocando a vida dele, isso aí! A música move, re-conecta e renova, sempre! Não nos cabe julgar os motivos do fim da banda. Só quem vive na estrada por mais de 20 anos fazendo shows, abdicando da sua vida pessoal, se expondo ao julgamento dos fãs e tendo que encarar a batalha do mercado musical, sabe o que se passa nas mentes e corações desses guerreiros. O mercado musical está cada vez mais virtual, digital e mergulhado numa bolha de julgamentos dos comportamentos dos artistas nas redes sociais, na maioria das vezes ignorando suas histórias, trajetórias e desumanizando os artistas, que são seres humanos como qualquer um de nós, composto de qualidades e defeitos. No caso de Marcelo Falcão, somad

Chico Science: o caranguejo que andou pro sul, saiu do mangue e virou gabiru...

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As décadas de 80 e 90 foram para o cenário da música brasileira uma explosão de novos ritmos e experimentações. O Brasil iniciava seu processo de redemocratização e a juventude criava neste contexto novas formas de expressão, organizada em coletivos urbanos das grande cidades. Em Recife, um grupo de jovens inspirados no cenário do manguezal lança o manifesto “Caranguejos com Cérebro”, liderado pelo músico Fred 04, vocalista da Banda Mundo Livre S/A. No manifesto, lançado em julho de 1992, o mangue é retratado de uma forma poética em três perspectivas:  1) conceito (biodiversidade); 2) cidade (ocupação urbana); cena (mistura cultural). Um dos trechos do manifesto afirma que “ os mangueboys e manguegirls são indivíduos interessados em hip-hop, colapso da modernidade, caos, ataques de predadores marítimos (principalmente tubarões), moda, Jackson do Pandeiro, Josué de Castro, rádio, sexo não-virtual, sabotagem, música de rua, conflitos étnicos, midiotia, Malcom Maclaren, Os

Vamos surfar a vida, sempre! Aloha!

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Praia da Engenhoca, Itacaré/BA A prática do surf é permeada por vários fatores externos (natureza, mar, swell, vento maral, vento terral, etc...) e internos (coragem, concentração, equilíbrio, determinação, diversão, etc). Antes de cair no mar o/a surfista tem que exercer o poder da observação e estar atento a uma série de fatores, dentre eles: onde fica o canal pra chegar no out side? qual é o tempo entre as séries das ondas? qual o tipo de fundo do pico - beach break, point break ou reef break? a direção e tamanho da ondulação está favorável ou não? qual é a direção vento? a maré está enchendo ou vazando? considerando todos os fatores citados, este é o melhor momento de cair no mar? No filme “Tudo por um sonho”, o personagem Frosty, ao explicar para o jovem surfista Jay o significado das ondas Mavericks, reflete sobre o poder da observação das ondas e afirma que “pegar onda comum é praticar surf com todos os fatores a favor, mas pegar onda grande é ter que desempenhar tod

Sejamos água, rio ou mar e livres! :-)

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A água é uma substância líquida e incolor, insípida e inodora, essencial para a vida da maior parte dos organismos vivos. Nem mesmo a água é universal! Existem seres vivos que não precisam dela. A água se ajusta a qualquer formato e contexto. Em grande volume pode deformar superfícies mais rígidas, como as rochas. Tudo depende da quantidade e da intensidade. Uma gota, por exemplo, faz efeito no meio ambiente, mas em grandes volumes causam estragos irreparáveis. Numa analogia com nossa vida, podemos considerar a água como um fator de equilíbrio e da possibilidade de nos moldarmos às diversas situações do nosso cotidiano. Não precisamos ficar no extremo de ser uma gota e nem um tutsunami. Esvaziar nosso "HD" é um primeiro passo para chegarmos num ponto de mutação que nos permita refletir, nos conhecermos melhor e nos moldarmos conforme nosso pensamento. Sermos capazes de fugirmos dos padrões e construirmos nosso próprio caminho, assim como um