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Mostrando postagens de maio, 2019

O que um pé quebrado tem me ensinado?

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Pedro Henrique, irmão querido. Sapetinga, Ilhéus/BA.    No dia 07 de abril fraturei o pé no surf. Um deslize bobo na descida de uma onda no raso. Tinha ficado uns meses sem surfar após passar o final do ano com a família no ES, uma viagem para o Vale do Pati e o início de um processo espiritual que ressignificou minha forma de ver a vida. Passado todo esse processo que durou uns 4 meses, era hora de voltar a surfar e aproveitar essa nova etapa da vida, certo? Nem tanto meus amigos, pois a única certeza que temos da vida é do momento presente, nem sempre as coisas saem conforme planejamos. Precisamos entender que os fluxos não dependem somente da nossa vontade. Bem, se você leu o texto até aqui e está cheio de coisas para fazer neste momento, sugiro que volte depois. As linhas abaixo dizem respeito sobre a importância de caminharmos com paciência e sobre a importância darmos um “passo de cada vez” literalmente na vida. Lição 1 - “Não menospreze o dever que a

Carol Teixeira: 'A descoberta de que o corpo era para mim e não para o outro foi talvez a mais intensa revelação da minha vida adulta'

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Carol Teixeira - Foto: Arte de Ana Luiza Costa sobre foto divulgação Carol Teixeira * A convite do projeto Celina, filósofa e terapeuta tântrica escreve carta à autora francesa,refletindo sobre a atualidade de "O segundo Sexo" 70 anos depois de seu lançamento. Simone, Eu me tornei mulher. Não a mulher que a sociedade queria, mas a que eu lutei para criar, impondo a autonomia da minha própria subjetividade. Minha preocupação, assim como a sua, sempre foi a liberdade. Mas a minha noção do que é ser uma mulher livre mudou muito ao longo dos anos - especialmente no que diz respeito à sexualidade, que sempre vi como ferramenta essencial no empoderamento. Já achei que ser livre sexualmente era ser hardcore, fazer de tudo, não romantizar relações. Já achei que ser empoderada era gostar de sexo casual, não ligar no dia seguinte, ter relação aberta. Ir contra o estigma da santa parecia subversivo numa sociedade que manda as mulheres fecharem as pernas.